Bolo de Chocolate e frutas silvestres

Gui simplesmente ama se exibir as custas da mãe cozinheira. Gente, eu chego a ficar sem jeito. Na escola, sou famosa. Faço bolos, guloseimas, queijadinha, bom-bocado. Nas festinhas, as mães vêm me conhecer: Mas você que é a mãe de Guilherme? Seu bolos são deliciosos. E eu, blogueira tímida que sou, dou um leve sorriso sem graça e agradeço o elogio. Eu tenho uns extremos estranhos, sabe? Tem uma hora q sou metida e esnobe com meus talentos e em outros parece q tenho vergonha de possui-los. 

Fico extremante coibida pela presença de pessoas que admiro. Gente, fico com vergonha de dar um bom dia! André Lemos, por exemplo. Tem anos que "conheço" sem conhecer. Todos os eventos de literatura e comunicação que eu vou, ele está. Já comprei um livro pra ele autografar e fiquei com vergonha. Na FLICA fiquei no mesmo hotel que ele e se quer consegui esboçar um sorriso. Vá me entender, né? E o blog. Eu sei que um montão de gente que conheço lê, muita gente não comenta e eu releio só p saber o que eu pensei naquele dia... e fico toda boba de lembrar, porque esqueço de tudo mesmo... fazer o que?

E o tanto de gente que me conhece, que me todo santo dia e nem imagina que eu cozinho? E chocam geral quando descobrem. Já ouvi da minha amiga fofa&meiga Rita Iglesias que chamo de Maria, que uso essa casca por fora mas que eu sou essa pessoa do blog. Que cozinha, cuida da casa, da família, tão carinhosa que derrama, mas que se finge de brava pra não deixar as pessoas se aproximarem.  E acho que é uma grande verdade porque tenho medo de ter que cuidar de uma multidão. Meu eu verdadeiro é cuidar. E, se eu tiver um milhão de amigos, onde vou achar tempo para cuidar bem de todos, Deus meu? Não há como. Como vai ser se todo mundo gostar de mim e eu ter paciência para todos? Meu pavio curto e meio que intolerante faz esse papel de podar meu "querer bem a todos". Não vou ter tempo para cozinhar para todos e vou pirar. Então, nessa minha introversão desinibida de cada dia, vamos para um bolo de chocolate e frutas que só não agradou geral a criançada porque Gui gosta de chocolate meio amargo e lá em casa só tem desse. Esqueço que não é a preferência geral. Mesmo assim, nem sobrou nada. As crianças maiores detonaram.

Massa

2 1/2 xícaras de farinha de trigo

1 colher de fermento em pó

1 colher de bicarbonato de sódio

6 ovos

1 xícara de açúcar

1/4 de xícara de xarope de groselha

2 colhes de sopa de óleo

Calda 

2 xícaras de chá de frutas silvestres

1 xícara de açúcar

1 maçã sem casca picada

1 xícara de abacaxi picado

cravo-da-índia

canela em pau

Cobertura e Recheio

300g de chocolate

1 lata de creme de leite

Bate os ovos com o açúcar até dobrar de volume, acrescenta a groselha  e os ingredientes secos, peneirados e por último, o óleo. Bate bastante até ficar uniforme. Leve para assar em forma untada e, depois de pronto e morno, corte ao meio para acrescentar o recheio.

Faça um chá com 3 saches de frutas silvestres e depois vai tudo para a panela. Faça a calda e despeje nas duas metades do bolo. Separe o cravo e a canela e coloque as frutas no meio do bolo, junto com o chocolate.  A cobertura é só derreter o chocolate em banho-maria, acrescentar o creme de leite e fechou. Usei o bico pitanga e confetes no formato de coração.