sábado, 31 de dezembro de 2011

Nhoque da Fortuna



Bonitos de Bonitas que apreciam uma comida honesta, como estão os preparativos para 2012? Os meus estão perfeitos apesar das incertezas que me esperam lá. Eu tinha dito que post novo só em 2012, mas vai acumular tanto para escrever e já estou acordada mesmo, porque não?

Os desafios de almoço de última hora e tensão no supermercado. Como uma pessoa toda organizada pode lidar com a pressão de não encontrar o que precisa para fazer o Nhoque da Fortuna? Supermercado cheio, Hortifruti cheio de coisas velhas e filas sem fim nos caixas. Resultado da equação: 2 supermercados, 3 fechadas no trânsito, esquecimento de chave da porta de casa, 7 minutos chorando e um mau humor que sí terminou quando os cupcakes ficaram prontos. E ainda tive que ir na feira pela manhã!


Apesar do meu nervosismo, tudo ficou bem e minha auto-estima subiu as alturas do prédio Mundo da Av. Tancredo Neves (com vidros espelhados) e desde então sou só sorrisos. Todo mundo amou o almoço. O cardápio foi este aqui:


Pão de queijo e tapioca
Nhoque com molho de tomate e funghi
Filé de frango à parmegiana
Tomates recheados com queijo branco
Cupcakes de Morango com Chantilly

O pão de tapioca tá fazendo muita falta nesse blog, devo admitir, mas agora dá pra ele não. Mas tem todas as fotinhas aí para vocês se deliciarem. tá? Fiz nhoque de aipim, já tem aí no blog, mas coloquei coentro na massa que realçou bastante o sabor, mas aí não usei manjericão no molho para dar mais suavidade


Nhoque
700g de Aipim cozido e amassado
20g de manteiga
20g amido de milho
2 gemas
50g de queijo parmesão
150g de farinha de Trigo
sal, pimenta do reino e noz moscada (a gosto)

Coentro fresco


Misture as farinhas e reserve. Misture o aipim bem amassado com os demais ingredientes e acrescente a farinha aos poucos, até dar o ponto. Faça os rolinhos e corte em cubinhos. 
Cozinhe em água fervente, assim que emergirem retire do fogo e resfrie, para parar o cozimento.



Molho de tomate com funghi
1 cebola grande cortada em tiras
1/2kg de tomate maduro, cozido em água com açúcar, sem pele (batido no liquidificador)
1 pacote de molho pronto (eu gosto do pomarola - tem menos gordura também)

30 ml de azeite
alho picado (a gosto)
sal e pimenta.
100g funghi desidratado
Aí tá fácil, aquece o azeite, doura a cebola e o alho, mistura o molho pronto com  os tomates, acerta o sal e a pimenta. Depois do fogo desligado, acrescente o funghi e tampe a panela por 10 minutos para hidratar no próprio molho e soltar o sabor.
Muito dinheiro, alegria, saúde, sucesso e felicidades para todos em 2012.



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Boas Festas


Vou passar a virada de ano com a família. Esses montes de festas que acontecem e cobram uma fortuna nunca foi a minha cara. Sempre fiz programas leves, reunida com amigos e família e já passei dormindo também. Pra mim, é uma festa normal e eu gosto de estar na cozinha antes de tudo isso. Fazer o que?

Muitas decisões de cardápios de fim de ano. Tanta coisa passa por minha cabeça nesse momento, que nem sei, viu? O que cozinhar? Como agradar a todos? É possível agradar a todos? Porque essa necessidade de perfeição na cozinha? Não sei dizer. Só sei que quero que tudo seja um escândalo de gostoso. A Ceia Light do Ano Novo, com pouco sal e sem gordura para que minha avó se sirva de tudo que tem na mesa sem preocupações ou se sentindo à parte de tudo. Para que quem não tenha nenhuma restrição alimentar fique super feliz ao comer de tudo sem achar a comida insossa.

Aí fico horas frente a livros de receitas, blogs e pensamentos infindáveis e me aparece outro almoço para preparar. Meu sobrenome? É eu topo. Sempre foi. E aí o dia vai ser de pensamentos, decisões, Ceasa do Rio Vermelho, Feira de Itapuã. Vai ter tapioca e vai ter peixe isso é fato. Mas como, em qual ordem, é que ainda tá só começando a fervilhar na minha mente com o pré-requisito de gordura mínima. É nesse estado que venho desejar a todos um maravilhoso Ano Novo. Sem planejamento de mudanças bruscas. A partir do dia 1 de janeiro de 2012, vou ser exatamente esta pessoa que sou hoje (27 de Dezembro) e que vou ser dia 31. Provavelmente, você também será. Não querendo desfazer dos seus planos, mas com toda honestidade do mundo. Mudar não é fácil.

Viva um dia de cada vez e faça as mudanças com parcimônia, que nem aquela receita gostosa e demorada que você quer preparar! Você precisa dedicar atenção especial, ficar ali, olhando para não queimar, mexendo com carinho, dedicando toda a sua meiguice para que tudo saia como o planejado. E muitas vezes, no meio do caminho, a gente precisa adaptar a receita. Seja para que adeque-se ao seu paladar, pode acontecer de você não ter todos os ingredientes que ela pede ou ainda porque você tem uma restrição e não pode comer uma ou outra coisa. 
Feliz 2012 para todos, vou postar as duas últimas aventuras na cozinha no ano que vem!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Pavê de Bolo de Fubá





E o bolo de fubá de milho q estava boiando em casa? Como proceder? Bolo lá em casa só é bolo por 3, no máximo quatro dias e era de hoje que eu não fazia de fubá. E estou totalmente viciada em bolos, como já revelei anteriormente. E bolo tem hora que enjoo e Gui também e ele vira pavê.

Não ficou exatamente como o desejado pois bolo de fubá é meio seco e ficou desmanchando muito na hora de cortar aí, da próxima vez eu vou ajustar melhor, adicionado um pouco de creme de leite para umidificar a massa e mantê-la firme ao corte. Pra mim, não tem coisa que combine mais com fubá de milho que goiabada e coco. Aí fui toda linda ao supermercado dos meus sonhos (só que não) Bom Preço do Rio Vermelho, pois estava com planos de fazer uma das camadas de canjica! Que tudo, né? Pensei. Mas não tinha, só pra variar.
Ai olhei as prateleiras e peguei uma mistura para Quindim. Ficou mais doce do que meu objetivo, mas super gostoso.

O resultado foi essa coisa fofa aí, que servi com um tanto de creme de leite para equilibrar os sabores deliciosos de tudo isso em mais uma receita inventada pela minha cabeça que fervilha em sabores. Ainda vou experimentar com canjica pra ver como fica e ponho aqui no blog, contando tudinho para vocês, logo que eu fizer outro bolo e for até um supermercado mais honesto.

1 embalagem de mistura para quindim
1 ovo
3 gemas
30ml de leite
300g de goiabada
1/2 xícara de água
Bolo de Fubá de milho esmigalhado ( Milho Esmigalhado!! Curti)

Aí preparei a a receita do quindim, trocando água por leite e adicionando uma dose de rum para minimizar o sabor de "industrializado" forno em banho-maria. Esperei esfriar e mantive na travessa, joguei o bolo e depois a calda de goiabada  - que é só cortar em pedacinhos e depois coloca para dissolver na água, mexendo bem para não grudar. Monta tudo lindo, muito lindo e pronto!

Anis Estrelado



Eu já sabia, mas não quis acreditar. Anis nada mais é do que erva-doce. Simplesmente erva-doce fofa, meiga e baratinha que a gente encontra em qualquer mercadinho da Ilha de Itaparica ou daquela cidade minúscula de praia que o primo de uma amiga do seu vizinho tem uma casa que cabe um bando de gente e você vai passar um feriado prolongado. 

Mas todos os doceiros dizem que dá um sabor especial nas caldas de frutas. Anis estrelado é uma coisa de outro mundo e blá blá blá. E eu, boba, fui comprar. Procurei horrores antes de me deslocar até a Perini Master da Vasco da Gama - totalmente fora do meu trajeto cotidiano. Quanto? R$ 8,50 com 20g do maldito. Mas como experimentar sabores é a minha, fiz o sacrifício. Não que eu não tenha Oito Reais e Cinquenta Centavos, só que gastar tanto por tão pouco é meio chato. Me joguei e foi uma das maiores decepções da minha vida, ou meu paladar não é tão apurado assim. Seja qual for a opção, a erva-doce cotidiana me atende perfeitamente ao fazer uma calda com casca de limão, laranja, canela, cravo, baunilha e erva-doce - e curto muito mais alecrim, não vou mentir. Sem contar que tinha várias pimentas que o Chef do curso de culinária mexicana usou, que custavam metade do preço do anis e eu não comprei para não encarecer a compra. 

Estou feliz mesmo com as  Amêndoas laminadas, porque compro as torradas e nunca consigo laminar fininhas acho que o certo é laminar e depois torrar, mas sem torrar, não acho para comprar. E aí, vou fazer brigadeiros hoje e CupCakes bem lindos para essa deprê ir para bem longe, porque quando aquele cheiro de erva-doce invadiu minha cozinha, meu coração se encheu de tristeza bem na véspera de Natal e ninguém que provou o Mousse de Chocolate com Morangos se quer me fez a pergunta: Tata, o sabor está tão especial, o que você usou de diferente? Simplesmente porque era o mesmo gosto.

Enfim, muita coisa no mundo mágico da cozinha são sabores que a gente tem sempre, mas o povo gosta mesmo é de florear para cobrar caro. Não me fez diferença nenhuma o anis da minha horta ao importado do Japão que tem sabor um pouco mais forte. Pra mim, ficando mais tempo em infusão resolve, ou você discorda disso, querida amiga dona-de-casa moderna?? 

domingo, 25 de dezembro de 2011

Ovos Moles com Salsa

Foi corrido, foi feliz. Natal é, sem dúvida, minha época favorita do ano. Repleta de alegrias, afetividade e amor. Religiosidade misturada com um monte de emoções que em sua maioria, não sei explicar. A troca de presentes, que um monte de gente julga como comercial, não funciona assim para mim. Tem coisa mais gostosa que surpreender alguém que a gente ama? O presente para mim, sempre simbolizou isso. 

Amo arrumar a casa, ver meu filho escrever a cartinha para o Papai Noel e separar brinquedos para a doação. Amo ele não conseguir guardar em segredo quem é o amigo secreto dele, ver a família reunida, abraçar todos e amo e desejar Feliz Natal para estranhos só porque todo mundo tá mais emotivo. É bom saber que o menino Jesus traz tudo isso para dentro de nossas casas. Leva amor e esperança aos necessitados e torna as pessoas mais compreensivas. Tomara que o Natal permaneça sempre nas nossas casas.

Esse ano, em especial, nossa família ficou ainda mais unida e quero muito que continue assim. Minha avó ficou emocionada e eu simplesmente comecei a chorar de alegria. O milagre do Natal chegou para ficar.

Ganhei um livro lindo, enorme com muitas receitas maravilhosas. Me deu logo vontade de fazer suflê. Sempre tinha aqui. Eu tenho uns vícios de comida muito curiosos. É panqueca, é suflê, é salada, é berinjela... aí, do nada passa e começo a comer outra coisa o tempo todo. 

Gui ganhou o presente do Papai Noel, mas estava extremamente chato hoje. Desobedeceu, correu até cair, deu porre para ir embora, não quis tomar banho ou escovar os dentes... uma coisa. Aí parei, respirei, lembrei que hoje é Natal e dei um tempo com tanta reclamação e fiz ovos porque ele adora demais. Feliz Natal pra Todos!

Ovos Moles com salsa
4 ovos
30 ml de leite desnatado
1 colher de manteiga
salsa picada a gosto
sal a gosto

Coloque uma panela com água para ferver. Num recipiente que pode ser levado ao banho-maria, misture os ingredientes levemente e coloque na panela com água fervente. Mexa as vezes para que não misture totalmente até ficar parcialmente cozido, faça torradas e sirva morninho.




segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sopa de Abóbora




Eu tenho uma relação tumultuada com a abóbora. Tem hora que amo, tem hora que odeio. Fico meses sem comer ou sentir o cheiro. Ou sinto vontade de comer tempo todo! Hoje fui ao mercado e tava linda lá no mercado, algo incomum no Rio Vermelho q sempre tá tudo feio! Mas é Natal e eles capricharam e deu vontade demais de uma sopinha de abóbora.  A gripe tá toda querendo me pegar e pensei que uma sopa seria ótimo. E deu nisso aí.
Ingredientes:
kg de abóbora cortada em cubos
1 litro de água fervente
1 colher (sopa) de azeite de oliva
5 dentes de alho picado
1 cebola picada
1 litro de leite
½ xícara (chá) de queijo parmesão ralado (do verdadeiro)
Salsinha picada a gosto
1 xícara (chá) de creme de leite
Sal a gosto

Em uma panela, cozinhe a abóbora na água fervente com o sal, (fogo médio) até que a abóbora fique bem macia. E depois, bata tudo no liquidificador até que fique homogêneo. Reserve. Aqueça o azeite e refogue o alho e a cebola. Despeje a abóbora batida com o caldo, o leite e misture. Deixe ferver e  despeje o creme de leite, o sal e misture bem. Na hora de servir acrescente o queijo, a salsinha e misture.  Frango desfiado também fica muito bem.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Pudim de Leite

Esse não foi o pudim de leite de hoje. O de hoje desmanchou totalmente, que como todo mundo sabe, nem tudo dá certo todas as vezes na cozinha de uma mulher. Fazer o que? O bolo assa demais. A gente perde o ponto, a mão pesa no sal ou a gente esquece totalmente dele. 
Aí, para não colocar a primeira foto desastrosa no blog, vasculhei uma foto de pudim aqui e achei essa, meio sem foco. Ainda não estou pronta para publicar imperfeições culinárias, mas esse dia vai chegar. Por hora, estou na fase Bree Van de Camp e não canso de falar, que sua vida pode estar um desastre, mas se você pode e sabe fazer uma coisa perfeita, por que não?

E pudim de leite conta da minha história na cozinha. Em estar no pé da minha mãe enquanto ela cozinhava. Sempre tive paixão por cozinha e a quem puxar, diga-se de passagem. Minha mãe, brilha no meio das panelas. Hoje ela não liga muito para isso, mas quando resolve encostar a barriga no fogão, é um sucesso. Né por nada não, mas o gordo (meu pai) tem lá seus motivos para ser gordo. Acho que foi a primeira coisa que ela me deixou fazer sozinha na cozinha. E ela fazia pudim e não conseguia comer porque todo mundo adorava e só durava dois dias na geladeira.

E quando fui crescendo, fui assumindo a cozinha nas ausências da minha mãe que resolveu ser independente e trabalhar fora. Aí eu fazia filé a parmigiana, Frango rolê com legumes, panquecas, pastel e doces, claro. Um monte de doces. Salada de frutas todas as semanas. E chego na casa dos meus pais, faço uma salada de frutas e ela esboça um sorriso. Essas coisas que são rotinas e deixam de existir são engraçadas, né? Bate a maior saudade das coisas que não voltam.

Receita que todo mundo tá cansado de saber?
1 lata de leite condensado
a medida da lata de leite
3 ovos
Bate tudo no liquidificador por 3 minutos, carameliza uma  fôrma com açúcar e leva ao forno por 40 minutos. Espera AMORNAR e desenforma.

Kibe de Catupiry


Meus hábitos alimentares passaram por mudanças bruscas (ou não). Cortei um monte de coisas, já outras ainda não consigo passar. Amo doces, amo café. E como faz? Ainda não sei exatamente, mas estou levando. Na verdade me sinto muito melhor com meus sentimentos de culpa ao sair da Viva Gula! e comer uma torta búlgara com café (tudo junto mesmo) quando estou fazendo atividade física e, a partir de amanhã, volto e tudo volta aos eixos. 
Cortar carne vermelha foi extremamente natural. Quando dei por mim, já tinha acontecido. Estou expandindo para presunto, defumados que não são de frango, reduzindo gorduras. Ainda com meu conceito de uma pessoa sem rótulos. Esses dias, quando estava com amigos, ouvi que quem não come carne e não aprecia um bom churrasco é chato. Será? Eu não posso julgar porque eu já era chata antes, quando comia carne e acho nada a ver. 
Meu Kibe mudou. Meu Nhoque mudou. Minha vida mudou. Na verdade, ela está mudando, estou no meio de uma tempestade esperando a calmaria para adaptar minha vida ao novos rumos. Muitas vezes, chego num lugar e penso: Meu Deus, que posso comer aqui? E os convites para almoço ficam limitados ao meu paladar e homem tem uma mania de carne que vou te contar... Almoçar com os meninos é sempre um desafio, Ah... Tata não come isso! E explicar mil vezes minhas opções e o enjoo matinal, a dificuldade de digerir e por aí vai.
Meu kibe leva queijo cremoso, aveia em flocos, farinha de trigo. E todo mundo ama. Dá para viver perfeitamente com suas escolhas e não é só no paladar, basta ter certeza das suas convicções e força de vontade. A opção de fritar, assar ou cozinhar em banho-maria fica por sua conta. Gosto dos três e tudo depende do tempo e da gordura que consumi no dia.

1 pacote de trigo para kibe
2 copos americanos de água
1 xícara de aveia em flocos
1/2 xícara de farinha de trigo
Hortelã fresca
1 cebola grande ralada
Pimenta-do-reino
Sal
Queijo Catupiry

O segredo do kibe é a quantidade correta de água. Deixar de molho sem ter que espremer depois, esse é o ponto. Os temperos devem ser misturados no momento de colocar de molho. Os grãos que absorvem água devem ficar de molho junto com um tempero. Se não, eles encharcam de água e eles tem um limite. Se for só água, depois não absorvem os sabores e ficam com gosto de nada e ninguém quer isso. Então, rale a cebola, junte o sal o hortelã picado e a pimenta-do-reino, misture tudo e aí sim, coloque a água. Uso meio maço de hortelã, mas aí vai do seu gosto. Misture as farinhas (aveia e trigo) para dar a liga, unte as mãos e modele os Kibes. Recheie com o Catupiry, distribua numa assadeira e leve para congelar. Depois de congelados individualmente, coloque tudo num saco ou vasilha plástica e mantenha congelados. Leve diretamente ao forno ou ao óleo quente, sem descongelar, para não desmanchar tudo. E tá pronto para servir na louça Natalina.